terça-feira, outubro 04, 2005


a acácia no centro do jardim, a fôrma de bolo preste a ser lambida com os dedos, a lua acordando os pirilampos, meu pai assobiando ao chegar do trabalho, meu irmão e eu brincando de forte-apache, minha mãe sorrindo ao nos contar estórias, o chão do quintal colorido pelas flores do jambeiro, a falta de luz de quase toda noite trazendo pra gente os bichinhos feitos de sombras e mãos – nada está aqui, tudo parece imenso no vazio das cores desfeitas [o tempo que não devia, mas passou depressa e nos levou o infinito]

5 comentários:

Anônimo disse...

eu ficarei sem jeito...mas sempre posso me sentar na balança no meio do parque infantil e pegar de volta aquela velha infância perdida... a criança ta aqui...sei que tá!

Kimu disse...

Eis o tempo: irreversível. Abs!

Anônimo disse...

Não critico tua tristeza. Sei bem o que é a dor da perda. Mas ela deve ocupar um espaço e não todos os espaços. Ela deve ter seu tempo e permitir que as lembranças boas nos revigorem e nos façam prosseguir. As almas merecem descanso e nós merecemos luz. Se tepermitires um dia poderás lembrar das alegrias sem mesclá-las com as perdas.
Carinho e paz para teu menino coração.

Cristiano Contreiras disse...

belezas e verdades...

Priscila disse...

algumas coisas nunca mudam né?