segunda-feira, junho 29, 2015




em minhas órbitas, um resto de medo 
enervado feito pássaro
esgueira-se do amanhecer


em silêncio, o ajuste das formas 
a limpidez das cores nulas
abreviam-me a lucidez 

[enfermo, sou eu o homem que sorri]



  

domingo, junho 07, 2015


abandona hábitos
[e declina]
sobre a imagem da mãe, ainda jovem
extirpa o silêncio

[deus e a misericórdia dos tempos idos

afeiçoam-lhe mais que assombram]

arremedo ou síncope
é de si 
o único lugar que resta
nesse longo caminho de volta