quinta-feira, dezembro 21, 2006




enquanto esperas
pelas tonalidades do entardecer
é deveras confuso perceber
o silêncio absterso do sol
mergulhando aos poucos no rio
(teu derradeiro fio de esperança)
a marianna, do blog
fez a foto.

sexta-feira, dezembro 15, 2006


recusei a fé dos homens
descobri a insensatez dos anjos
vivi meu inferno e não preciso do teu

escarro felicidade em nome da indiferença
permaneço quieto quando nada mais faz sentido
escaparei inteiro aos presságios da razão

minhas memórias têm olhos vazados
minh’alma é morada do corpo
sede de rio desaguando nascedouro do sol

quinta-feira, dezembro 07, 2006


quando dezembro chegar
com as vestes amarrotadas
tendo às mãos um amontoado
de esperanças desfeitas
para anunciar o novo ano
tão decadente e mentiroso
como todos os anos-novos
que por aqui antes nos habitaram
o que direi de mim?
o que direi de ti?