terça-feira, outubro 09, 2018


desnuda a carne 

somos vultos

arremedos vicejantes de um deus qualquer, 

mal disfarçamos nossas certezas

vis



ocupamos o tempo de pessoas como nós

sufocadas como nós

amarguradas como todos nós

que não soubemos

amar

sábado, julho 21, 2018




naufragar de ti
todas as memórias
paisagens
coisas afins


afundar sem ti
toda a dor
sofreguidão
perdas sem fim


[até o fim]

terça-feira, junho 26, 2018



o cheiro do teu sorriso e do meu, amontoado
em um quarto vazio de quem somos
ocupa vagarosamente
o homem que se amálgama às sobras mim

[ajoelho, mas o silencio não sabe curar o fantasma que atende pelo meu nome]