terça-feira, julho 29, 2008


carrega a ti enquanto filho

o ressoar da infância

umbilicada ao tempo que te vê passar

(tem sede tem fome tem medo )


e transmuta o silêncio
dos teus pés molhados de rio
nascente da chuva
que não vem



por acaso sabes quem és

ou somente centelhas

sonhares?

terça-feira, julho 22, 2008



ao rubens da cunha



colo sob as pálpebras
a cidade que não me reconhece

perdidas em memórias
suas casas paralelepípedos e praças

vivem em quimeras
a criança que em mim não sei mais

terça-feira, julho 15, 2008


anjos da guarda
amontoam-se à minha cabeceira
exaustos que estão
por velarem meus sonhos

e porque sei não sobreviverem
ao que chega com a aurora
em louvor e glória
dormirei seus pesadelos







terça-feira, julho 08, 2008


uma longa espera trouxe-nos aqui
encobrindo marcas dum futuro refeito
por retalhos ungidos de sol:
o empalhar do tempo,
adormecer medroso
do que fomos em vida