sábado, junho 30, 2007


nas noites de lua-cheia
nos mistérios d’esse teu voar
tem pena d’eu, rasga-mortalha
livra-me do teu agouro
tranca-me na minha sorte
deixa-me sozinho
na quietude do meu penar.

sábado, junho 23, 2007


os corvos
são companhia
aos teus ombros de palha

da madrugada,
os sonhos
que não vê(e)m.

segunda-feira, junho 04, 2007


a morte
arrasta nosso peso

com parcimônia
vasculha nossas certezas
com arrogância
proclama seu não-fim

cuidadosa

não esquece
de nós