terça-feira, fevereiro 28, 2017

onde repousas

se o céu ficou preso aos pesadelos de infância

e sob meus pés encontro apenas

silêncio ruína e dor

as estações transfiguradas em lugar algum

tenho medo do adeus que não pude dizer-te

tenho medo daquilo que não sei

tenho medo

e sem tuas mãos por velar meu partir

sob as pálpebras repousará  sequer um sonho

que não o do menino aninhado em teu colo

escutando antigas canções de ninar