domingo, agosto 29, 2010

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a poesia daqui
menos grito que descrença

excede-me quando, preciso
[feito cirurgia]
a olho nu
suturo um a um
os medos que se emprenham de mim

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quinta-feira, agosto 12, 2010

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tudo desaba em mim
a rota que me trouxe ao silêncio,
lugar onde me despeço do medo.

incrédulo, não devolvo aos mortos
que me são caros
a dor de ter restado, sozinho.

eles ficam-me em desespero
à espera de um próximo dia
manchado de destino e adeus.

segunda-feira, agosto 02, 2010

releitura número dois





rumo ao poente
em nítido escape ao que se apregoa destino
andorinhas poetam
EM CARNE VIVA
um amanhã que deus algum selará