
Do meu deus que me espera, nada posso ter. Do batismo que não lembro, meu nome me carrega quando esqueço de mim. Poucas linhas estão vagas, as palavras cansaram da gente – dor, esperança, perdas, ambições, tudo isso cansa, e as palavras cansaram. Que descansem então onde eu não possa alcançá-las. São cores mudas no meu jardim de flores mortas. Pássaros cegos no meu paraíso insone. Anjos doentes sob a luz do martírio [meu inferno será teu eco, meu poema oco de ti]
Dos meus dias entrincheirados trarei as estrelas dos teus poentes. Minha solidão é o ponto que me mantém lúcido, o lugar exato da redenção. Minhas madrugadas contém horas ímpares, horas vagas por onde procuro em vão a tua companhia. Entreguei a ti os meus desígnios. Abri buracos no céu pra que tu pudesses respirar. Menti orações. Adormeci segredos manchados de fé e testemunho. Meus caminhos tortos. Minha vida mundana [e agora, o que fazer se não estás mais aqui?]
Dos meus dias entrincheirados trarei as estrelas dos teus poentes. Minha solidão é o ponto que me mantém lúcido, o lugar exato da redenção. Minhas madrugadas contém horas ímpares, horas vagas por onde procuro em vão a tua companhia. Entreguei a ti os meus desígnios. Abri buracos no céu pra que tu pudesses respirar. Menti orações. Adormeci segredos manchados de fé e testemunho. Meus caminhos tortos. Minha vida mundana [e agora, o que fazer se não estás mais aqui?]
Alcancei o vento e fiz do musgo tempestade.
Sou um homem de palha.
Eu sei fingir sorrir.
Eu sei fingir chorar.