quarta-feira, julho 20, 2005


As louças recém lavadas. As quinquilharias que compramos sem saber onde colocar. Os quadros e as canções que nos delineavam em nossa ausência – tudo quieto, sem um movimento qualquer. Os sapatos nos olham pedindo tropeços, atropelos, bares, fumaça e álcool [mas, estacionamos] Nossos ossos rangem como camas velhas e desusadas. A apatia escava nossa essência devorando-nos a medula. Escapamos da vida quando abraçamos a tranqüilidade – dias certos, horas precisas, sentimentos empacotados feito maçãs importadas vestidas num azul tosco e barato. Quando chove, nos abrigamos no quarto. Ontem, brincaríamos de eternidade.

Nenhum comentário: