domingo, outubro 29, 2006


bendito seja
pelas tuas mãos caridosas
pelos teus filhos abençoados
pela fé que de ti emana
pelas promessas que alimentas
pela benevolência daqueles que te cercam


benedictus qui venit
sanctus, sanctus, sanctus
dominus deus



tua luz esteve a guiar-me?
teu perdão me quis ajoelhado?
era a tua voz martelando meus pesadelos?
quando adoeci você esteve ao meu lado?


gloria in excelsis deo
gloria in excelsis deo
gloria in excelsis deo




a casa está vazia
as roupas foram deixadas para trás
carcomidas as verdades restou o tempo
passageiro febril coberto de vermes
o frio a esperar o teu nome


pleni sunt coeli et terra
gloria tua


pai,
antes que amanheça
tropeço no meu acaso
desajunto meus acertos
confesso meus demônios
e cuspo no teu rosto
selando meu fim




credo in unun deum
patrem omnipotentem

7 comentários:

Anônimo disse...

Nossa! Que lindo! Gostei do seu vômito!

Anônimo disse...

nem sei o que digo porquanto não sei o que sinto...
ao mesmo tempo que dói...atrai...
um beijo

Anônimo disse...

Só resta o frio dos lugares antes ocupados e o eco de um riso antigo. O que resta é um passado só possível de ser resgatado através da memória, sempre falha e puída. O que resta são imagens em slides passando, passando em nossas cabeças.

Beijos

Jana

Lua em Libra disse...

Sempre uma força que extrapola de ti, não é mesmo, poeta? Sabe, por vezes tenho a sensação que nem tu mesmo te reconheces, depois de algum tempo, nos versos. Ainda bem. Que nem eu. Beijos na alma.

Ana Russi disse...

Caro Poeta,

Senti-me bem na primeira visita. Admirei meu próprio ódio crescendo do nada ao consuptivo, à medida que li tuas últimas palavras.

Serás bem recebido em minha casa virtual e, se não importunar tão bela inspiração, indicarei teu endereço, pois é bela tua obra e merecem os peregrinos das letras saber teus devaneios.

Um abraço franco

AP

flaviooffer disse...

Nesse meu navegar solitário, vou encontrando trabalhos significativos e dignos de leitura e releitura e mergulho e compreensão... Encontros sublimes, de plenificação da poesia.

Ivã Coelho disse...

Sacramente sofisticado, letras para serem veladas, intensas em suas construções.

Amém!