sexta-feira, setembro 29, 2006


anjos possessos
consagraram o amém
sob um horizonte feito de cinzas
aos meus olhos desabando

– respirei da primavera
a primeira fagulha
recortando meu destino
diante da relva –


(sonho parido na raiz da aurora)

9 comentários:

Fernando Palma disse...

Que seu recorte saia bom. Retilineo ou torto, que lhe traga bons destinos.
Abraços!

Bruna Rasmussen disse...

pedaços de destino :)

Beijos

Anônimo disse...

A primeira fagulha da primavera, deve ser o ar da graça bendita.

Anônimo disse...

rapaz.. que beleza... que susto, que falta de ar me deu este seu poema...

Fragmentos Betty Martins disse...

Olá Douglas

As férias aconteceram - estou de volta!!!

Um pássaro de asas brancas
saltou de uma página
em branco
e voou
de rumo incerto
o
horizonte
caíu
agonizou
nas raizes
das velhas árvores...

Muito "dizem" as tuas letras

Um beijo

Anônimo disse...

A aurora da primavera é um susto de anjos...

m.t. disse...

Do céu, viram o sangue escorrer
- aurora.
Os girassóis,
resignados,
oraram por mais um
amanhã,
que nunca chegou.

Ivã Coelho disse...

Uma mesma aurora para nascer e morrer. Sonhas as vezes são reais. E estas imagens que plantas com as palavras são o sustetáculo das suas contruções.

Parabéns!

e fartos abraços.

[jb] jotabê disse...

imagens mágicas neste blog.
um azul rápido que preciso neste post

não dá pra viver só de cinzas, quando estamos reconstruindo ruínas deixadas por outros

[jb]