domingo, novembro 13, 2005


era fuligem, pequenos círculos soltando-se dentro de mim. era frio e um olhar mais atento deixaria escapar a próxima queda. deus não estará presente. deus não saberá daquilo que sinto. deus não escuta quando o silêncio invade a lucidez dos meus dias de espantalho – é primavera amanhecendo e as cores estão mortas, jazem misturadas à palha do que me é enchimento. estou atado ao teu precipício. nem tão louco, nem tão poeta [sou absorvido por um estado de absoluta descrença que jamais alma alguma alcançará]

8 comentários:

Amélia disse...

Gosto de ler as suas prosas.
Poderei difundir esta ou estas no meu blogue ?Um bom domingo para si e obrigada pela sua visita,também.

hfm disse...

"estou atado ao teu precipício. nem tão louco, nem tão poeta [sou absorvido por um estado de absoluta descrença que jamais alma alguma alcançará]"

belíssimo!

Anônimo disse...

Você sempre se supera em seus textos... Nossa!!!
Ahh, infelizmente não vi a peça, nem sabia...
Quando você souber desses lances legais, comunique-me!
Antonin Artaud... sobre Van Gogh... Uau!!!
Deve ter sido ótima!!!
Beijos!!!

Anônimo disse...

Teus textos, Douglas, são uma referência de pura sensibilidade e pérolas. Sinto-me muito bem vindo aqui e aprendendo contigo. abs.

Claudio Eugenio Luz disse...

Estamos sempre sós e as decisões só acabem a nós.

..
hábraços

Anônimo disse...

os caminhos são sempre difíceis, mas não impossíveis. A escada íngreme para dentro de nós é árdua, mas um apredizado necessário, não? Meu beijo.

Anônimo disse...

Eu diria que "estou tentando me atar ao princípio de alguem"...
Então, tenho usado todas as cores...rs

Bjos...saudades...

Anônimo disse...

gosto de ler teus sentires, D.,
eu,uma qualquer, aquela uma que procura,espera, sempre perdida
transito entre o caos e silêncios
e, no escuro, tropeço e disfarço
o medo fingindo dançar.
bjs