pro rubens da cunha
I
permaneciam os corpos
escorados sobre ângulos
mudos
II
da alma não mais sabíamos
curar-lhes os pesadelos
malsãos
III
mortos estão
velemo-los libertos dos anjos
medrosos
IV
em memória guardá-los
volver ao medo uma prece
malsim
permaneciam os corpos
escorados sobre ângulos
mudos
II
da alma não mais sabíamos
curar-lhes os pesadelos
malsãos
III
mortos estão
velemo-los libertos dos anjos
medrosos
IV
em memória guardá-los
volver ao medo uma prece
malsim
3 comentários:
"da alma não mais sabíamos", "em memória guardá-los"...estamos a um passo do esquecimento, da alma e da memória, até onde o medo é capaz de suportar o vazio dos corpos mudos. profundo, Douglas, profundo e para muitas leituras. abraços.
é mais ou menos...
[ quando o homem enfraquece as suas asas, surgem os anjos que recuam, cheios de medo. ]
foi a primeira junção de palavras que me veio agora à mente lendo (depois de tantas vezes) o teu poema.
feliz domingo de Páscoa!
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