quinta-feira, março 03, 2005

Ninguém lembrou das memórias brancas, cilíndricas, afásicas, assolando o coração. Posso descrever cada minúcia dos dias destelhados, dos olhos feitos de névoa – a cidade nunca soube o que era inverno, mas os olhos fingiam. É a acolhida da ebriedade trazendo mentiras e indecisão. Um resto de homem em péssimo estado – nem poeta, nem louco, nem insone [ocorre-me o sol poente – são escassas as minhas auroras.]

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