quinta-feira, março 24, 2005

Dança. Que teu corpo alcança o infinito – olhos estendidos sobre nuvens e chuva [a ágil demência das tardes que lambem o luar] Nas tessituras do destino, estamos nós eqüidistantes – feito sons que não ecoam diante do imperativo [o leve torpor dos deuses de si esquecidos] Dança. Que teus sonhos transbordam o que ainda vai ser dito – seios desnudos alimentando de rios, o mar [as mãos tateando linhas afloradas pelo descaso do tempo] Nas margens do amor, estamos nós amotinados – feito cores que não descobrem o que há no fim do arco-íris [os precipícios da carne inescrupulosamente amanhecidos] Dança. Que tuas piruetas inventam outro palco ensandecido – ancas vorazes arrancando do medo, amor [vida que sorri imagens que não cansam de encantar]

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