sábado, janeiro 15, 2005

Tarde feita de chuva...o calor insiste, mas fica um sopro de umidade - não a umidade que sempre está aqui- em belém,respiramos umidade. A umidade da chuva misturada ao sol. A tela. E se houvesse o outro lado da tela, diria que lá estava você. Aqui, outras imagens saltaram...surpreendo-me...e posto.

O que me faz solitário. Aquilo que me mantém a sanidade aflorada. Um filme por terminar, mas que nunca termina...prolonga-se de forma doída...arrastada...tocando com dedos de gelo a alma...o epicentro dos nervos. As tardes são calmas e abafadas. As noites carregam em si o esquecimento – são próprias pra se ficar em silêncio, observando [A epiderme mendiga padecendo de sonhos.] Meus pequenos devaneios ardem nas feridas abertas – os solavancos da intempérie. Sou pouco quando me basto. Meus olhos derramam anjos descrentes – malditos anjos dementes que escrevem passos nas trilhas da minha imprecisão. Quero a nudez dos teus instintos. Os motivos do teu descaso. Minhas veias explodindo vertigens e paixão.

Um comentário:

Anônimo disse...

sim, é verdade.um poeta vomita imagens. e apenas isso. nada mais. agora eu sei. ass.: estrela (lembra?)