quarta-feira, outubro 27, 2004

A noite. Tuas escassas e maltrapilhas benevolências. Teu olhar emparedado nas esquinas pouco iluminadas. As mãos hábeis em esculpir solitude. Os planos insanos rechaçados em pleno vôo. A débil circulação sanguínea. Os ossos descalcificados. O sorriso que a boca esqueceu. A pele ressecada. As unhas sujas. O maldito cheiro desse corpo envelhecido. A vontade desesperadora de ser deus. E fugir daqui. E fugir daqui...

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