quinta-feira, junho 24, 2010


pugnus
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não é o tempo breviário? testemunho de terem nascido os homens para a morte porque vida é tudo que foge à eternidade? por isso criei a ternura e fiz dos anjos mensageiros de minha imensidão. por isso exprimi a dor que me consome naquilo que vocês ousaram chamar de esperança. por isso, fiz de mim expiação. eu, a quem chamam de louco. eu, de quem esqueceram o rosto. abismo aos míseros e redenção aos condenados. eu, que das margens pari a nascente, digo-vos novamente: sou-me carne a quem fui solidão.

5 comentários:

ADF disse...

fundo, douglas, fundo.

Anônimo disse...

inspiração da garoa ácida? gostei muito. também gostei de não te conhecer, coisa mais sã que fizeste, bjs

Maeles Geisler disse...

da sua poesia fez-se o arrebol

e eu estou aqui a contemplá-lo.

Abraços

Maeles

Luciana Marinho disse...

o texto mais belo que li por aqui.

"...fiz dos anjos mensageiros de minha imensidão..."

um abraço!

Ganso neurótico disse...

Belíssimo post.