domingo, agosto 24, 2008

"prelúdio ao homem de palha". (não-livro) tomo I


angelus

é preciso inventar um dia de sol e de paz. rirão de mim, dizendo a lucidez escorrer pelos cantos da minha boca e que a aflição dos meus órgãos, desastre, desagrego, rumará comigo até o fim. à porta, são vozes confusas e apressadas a paisagem que me esmiúça o desespero. ergo os fantasmas e sigo. sombras, destino. afã, amargura. há tormentos lacrados em meus olhos, horizonte a me espreitar. há um aporte ao que resta da minha dignidade. anjos ecoarão meu nome.

6 comentários:

Anônimo disse...

Aqui, alimentando-me.
Bjos @>--

Anônimo disse...

precisamos ser criativos todos os dias

- Odirlei Couto - disse...

Esse texto parece, lembra, dialoga com um Heiner Miller de alguma época, época em que os anjos tinham data certa de chegada à Terra. Esses cemitérios são incríveis! No Santa Izabel há esculturas barrocas, de uma arte muito sencível. O Soledade é um verdadeiro parque, é a história de "nossa" Cidade.

Anônimo disse...

e levarão o teu nome longe e ao mesmo tempo o deixarão próximo.

Rubens da Cunha disse...

nao acredito que tua força lírica não esteja em livro ainda. urge, companheiro, urge concedê-la ao espaço branco do papel.

tb disse...

e anjos ecoarão teu nome no altar dos poetas! :)
Gostei muito, muito!
um não livro que o deveria ser.
beijo