terça-feira, dezembro 25, 2007

(nascido num poema da alice sant'anna, aqui,http://adobradura.blogspot.com/)
I
muitas e muitas vezes
trovoava lá na rua de casa
e nós saíamos a correr
porque brincar na chuva
desaguava-nos alegria
II
mas naquele fim de tarde
trovões emudeceram
trancados no céu cinzento
pontuado por nuvens estáticas
por não saberem aonde ir

III
(a tristeza chegou como uma canção de poucos acordes
a tristeza abriu os olhos e descobriu nosso mundo
a tristeza repousou sobre nosso peito
a tristeza rasgou as folhas do nosso caderno de desenho...
se a tristeza existia, por que não nos avisou?)

IV

e as mãos dos meninos que outrora
andorinhavam sóis poentes
procuravam pardais que pudessem
levar embora o peso da morte
e deixar nossa mãe, conosco

6 comentários:

Rubens da Cunha disse...

poema dono daquela força contumaz que te pertence.
parabéns.

abraços

Tempestades Internas disse...

"Ela vem e não vai. Fica a nos amargurar e alegrar em suas leves pausas". Abraço grande .

Maria disse...

Posso falar um palavrão ?!?

caralho...falei...

lindo poema. não tem porque ficar aqui ruminando mais palavras.

Beijos

[jb] jotabê disse...

em 2008, andorinhas para você.

abrçs

[jb]

Anônimo disse...

[http://riodaqui.blig.ig.com.br]
Cuidar e permitir o amor. Ter paz ser zen. E amar. Bom natal - Grande Virada. 2008 - Lá vamos nós. Abraço, poeta! Riodaqui aí

delusions disse...

a tristeza chegou como uma canção de poucos acordes
a tristeza abriu os olhos e descobriu nosso mundo
a tristeza repousou sobre nosso peito
a tristeza rasgou as folhas do nosso caderno de desenho...
se a tristeza existia, por que não nos avisou?
...


sem palavras!



Bom 2008*
Sofia