domingo, abril 22, 2007


ao carlos besen.

quando descobri sementeira ao lado do peito,
eram mãos o arado do medo
brotando chuva miúda
no ceifar da ausência.

enluarado porque em silêncio,
donde solidão crescia
fui um vulto no palhegal
enraizei-me erva-daninha.

5 comentários:

Ivã Coelho disse...

Enraizar-se é quase sempre danoso. Estas letras são adubo. Bom.

Abçs

tb disse...

porque as palavras brotam para devolver a liberdade do voo...
belas as tuas plavras e as janelas.
Beijo

marcia cardeal disse...

Debrucei-me no parapeito e vi. Um beijo, moço.

Anônimo disse...

Aqui estou alimentando-me mais um pouco, percorrendo suas várias ilhas, e aprovisionando-me.
Abraços.

[jb] jotabê disse...

compartilho aqui o olhar pela janela:
colheita ao horizonte


[jb]