domingo, janeiro 10, 2010



I

não sou habitado por silêncios:

antes sonho-me posse da noite

e meus demônios partem, sozinhos.


II

de minha infância resta um copo de prata:

ocupo-me de atalhos a quem não sou

meus registros parem memórias baldias


III

o medo guarda algo de espeerança:

oculta-se das preces o labor

remendamos os erros de deus ao concedermos perdão


IV

escuta o pai adormecer-nos filho:

em seus olhos havia ternura

coisa que há muito deixamos para trás


4 comentários:

Anônimo disse...

Escrevendo com o sangue rubro de ternura. Me agrada a memória da infância que sempre nos faz transbordar em sonhos fantasmagóricos. Os demônios brincando de moinho com a solidão. Companhias utópicas.
Belíssimo florescer.

Anônimo disse...

Escrevendo com o sangue rubro de ternura. Me agrada a memória da infância que sempre nos faz transbordar em sonhos fantasmagóricos. Os demônios brincando de moinho com a solidão. Companhias utópicas.
Belíssimo florescer.

Alex disse...

Sempre lindo e com aquela sombra triste. Isso é bom. =)

Anônimo disse...

estava me googlando, buscando se algo havia sobrado do passado. cheguei aqui de novo, já nem lembrava mais, queria te convidar a me ver. resolvi parar de me pôr na lixeira. abs