terça-feira, maio 10, 2005

Sozinhos estamos, mas o maldito silêncio conosco – a resistência dos corpos declina, o peso das palavras comprime o peito, a exigüidade do tempo desespera os amantes, e essa chuva que não chega...essa chuva que não chega...essa chuva... [A mortalha é azul – outro azul, não o da solidão]

Um comentário:

Anônimo disse...

Durante o dia as angústias permanecem subliminares, constrangidas, como no silêncio educado dos elevadores. As madrugadas insones, superdimensionam e relativizam tudo, as angústias são depuradas e às vezes as janelas abertas trazem gritos de alguém que talvez tenha enlouquecido mesmo que só até o amanhecer. Ao raiar do dia, esquecimento, culpa, ressaca, tédio, cansaço... e o despertador lhes põe cabresto. O sol cega e com ele vem as sombras.