quinta-feira, dezembro 16, 2004

INCOMPLETUDE- Palavras à flor da pele, guardando conosco o silêncio que nos revela e muitas vezes nos faz distantes de tudo. Ah!, danem-se todos os que vivem a esperar de nós aquilo que nem sabem o quê. As pessoas são pequenas em seus planos e sonhos pré-pagos. As pessoas são opacas em seus mundos de verdades e virtudes descartáveis. Não quero nada além do frio e da quietude. Não quero nada que não me faça insone e angustiado. Nada além do que me assole a alma pagã. Não quero ausência. Não quero clemência. Perdão, não. Tardes poentes com gosto de chuva e arco-íris, não. Nem o amargo fruir das auroras. Ouço o que resvala mas memórias. As reminiscências feitas de cheiros e texturas. O vazio aberto no meio do peito. Tudo o que cresce quieto. Coisas que cabem numa caixinha de fósforo.

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