domingo, fevereiro 12, 2012


ao CC

I
o poeta
feito de pausa e silêncio
sobrevive de cores
ossificadas

II
estático
as devora repetidas vezes
até descobrir-se
envelhecido  

III
volta ao início de tudo
e acuado
de lá não sai
até que lhe ocupem novas paisagens

2 comentários:

Cláudio B. Carlos disse...

Belo poema, e belíssima surpresa.

Grato.

Abraço.

tb disse...

Assim deve ser o poeta.
Belo, como sempre!
Beijo.