terça-feira, abril 05, 2005

Respirava vida sempre que as mãos arrancavam das páginas, poesia – assim, a solidão ficava menos doída. Acompanhava com os olhos cada movimento das pessoas lá fora – todas, sempre acompanhadas de objetos [carros, livros, liquidificadores e sonhos] A pele caída sob o queixo, os tufos de pêlos no ouvido, a calvície desesperadora – em certos momentos, desistir soava a coisa mais sensata a ser feita. Foi absorvido pela eletricidade gestada no centro da tempestade, que descobri – sobrevive num mínimo espaço dentro do peito, o menino que desenha esperança e rouba a eternidade da dor.

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