quarta-feira, outubro 01, 2025

 o fio do tempo parece confuso

estás aqui mas nunca estiveste, mais

ainda guardo o som da tua voz

teus sorrisos, teus olhos castanho-esverdeados

teus pés. e o teu cheiro.

são lugares aos quais recorro quando tua ausência vem me visitar

ou seria melhor dizer, retorno?


terça-feira, agosto 09, 2022

 você se debruça

sobre memórias

finge que tudo ainda esta lá

fecha os olhos imaginando que assim

os abraços retornarão

os sorrisos

e o amor

também.

você se debruça sobre memórias,

em vão. 

sexta-feira, fevereiro 04, 2022

 escrevo a ti:

a saudade depopula 

o corpo, por dentro.

assim descobrimos a opacidade

da solidão.


segunda-feira, janeiro 18, 2021

as flores nascem

morrem

por que não, o amor?

quarta-feira, dezembro 25, 2019

a saudade descreve um arco que se impõe e faz da memória lugar que não basta mesmo que a ela eu recorra dia após dia [sim, eu poderia fazer diferente] mas não faço e seguirei até o fim
inexato
desértico
errante
inevitavelmente,
teu

quarta-feira, julho 17, 2019




fosse amor não haveria
tanto vazio para respirar
tanto chão e pouco voar
fosse amor não haveria
o sol nascente
pondo-se entre nós

quarta-feira, março 20, 2019

a alma não guarda

não aquieta

a alma não escuta ou diz

[é arremedo]

lugar qualquer sobre o qual repousa

deus

e danam-se nossos escombros