sábado, agosto 06, 2005


Somos instantes, pequenos momentos esticados entre o amanhecer e mergulhos azuis dentro do rio. Crianças. Espantalhos. Sonhos incompletos debatendo-se nos precipícios dos sentidos – loucas almas solitárias no meio de tantas mais. Somos frágeis, temerários pintores de palavras desprovidos de calma e sensatez. Desertos. Fantasmas. Rastro interrompido vomitando fé e devoção no próprio umbigo – risíveis arremedos agarrados a si próprios com medo do sono e do frio.

Um comentário:

Carlos Besen disse...

Se eu te visse de longe, de lonjuras, eu ainda te reconheceria pelo cheiro. Sim, tu vomitas imagens.