quarta-feira, agosto 10, 2005


Mesmo de longe eu saberia das palavras escritas pelos teus dedos de olhos que enxergam as cores escondidas sob a tarde fria dum frio que na minha cidade jamais chegará. Escreves imagens que não sei. Celebras amores que não vivi. Sorris uma alegria que me é estranha – o azul do meu chapéu está marcado no teu céu com cara de passeio dominical. A mim alimentam tuas sobras, aquilo que sobrevive aos teus delírios num frenético balé de mãos cicatrizando estrelas-do-mar. Desfeito o nódulo, expurgado o medo, aberto o peito aos girassóis, lembra: Quando a madrugada vier cobrar o preço, serei eu a estar lá.

2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Sinto o teor da tristeza presente...

bj

Lucinha Horta disse...

Te achei e adorei tuas palavras. Voltarei sempre.