quinta-feira, abril 14, 2005

Quem saberia ninar os sonhos que no quarto vazio ainda respiram esperança? Quem poderia, no meio das cinzas, arrancar chuva, besouros e sorrisos de ciranda? Das vísceras, a alma desnuda e febril? Por quantas manhãs mais arrastar-se-ão as débeis condolências que circundam este fantoche com olhos opacos e boca cheia de naftalina? Há uma linha de fuga inscrita no epitélio do pesar – carrossel sem crianças, sozinho, a rodar.

Nenhum comentário: