segunda-feira, janeiro 24, 2005

Então, estás aqui. Como você disse, a proximidade não nos alcançou. Não há amor nem solidão nos teus olhos – sinto a dor esvair-se deixando pra trás um rastro que na alma se inscreve, lentamente. Sim, nós dois, aqui. Não era pra ser assim? Todas as mentiras e sutilezas. Portas entreabertas expulsando os sonhos – fomos, compassadamente, escrevendo uma canção que estacionou antes do fim. As promessas e os horizontes que sobreviveram estão carcomidos [o ato mais equilibrado que podemos ter] – amor desfigurado amargando a chuva da tarde que finda.

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