segunda-feira, julho 18, 2005

Diante do marasmo, antevejo meus dias idos - o calor dissipando-se pelas frestas que de meus livros empoeirados ressurgem [anoto um endereço qualquer. Serei destinatário de mim mesmo nesta indelicada celebração às avessas] Meus sapatos estão sujos de receio e finitude. Da minha boca escapam orações carcomidas pelo desprezo – malditas! nelas um dia acreditei. [O céu permite devaneios e quedas] O silêncio da lua ressoa nas vértebras. A ausência de ti escalona a solitude. Uma a uma e desordenadamente, estrelas cadentes, mariposas, visagens e cantigas perdem a gravidade...ficam expostas feito mendigos imundos de futuro e cães morrendo de frio.

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