eis que chega a morte, amigo
e eu nem pude dizer adeus
ou saber quais as quimeras
que levaste contigo
ventre de mundos outros que eras
eis que nos afaga a morte, amigo
sabedora dos nossos medos e agonias
tão indócil, arredia e desapegada
porque guardadora de memórias
porque permanência e não despedida
eis que nos revela a morte, amigo
frágeis
solitários
filhos desnudos
de deus alguma morte não nos pertence, amigo
4 comentários:
...e de pés descalços
segue soprando outras brisas
e deixando saudade
onde outrora havia explosões
A morte nos revela o cuidado, a morte é uma severa professora de filosofia. Como disse Virginia Wolf "Alguns precisam morrer para que outros aprendam a viver"
Belo poema.
Abraço.
Como diz Zeca Baleiro, os mortos sabem mais do que nós, por saberem da vida e da morte.
Beijo,
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