ao rubens da cunha. porque seu primeiro degrau (http://casadeparagens.blogspot.com/) arrancou este grito de mim
.
diferente de ti, eu não condenava. porque ainda criança sabia: em minhas mãos padeceriam única e exclusivamente em nome do desespero escrito em letras mortas, enterradas em meus ossos, que era pra não quebrar nem aparecer nem ter cheiro ou cor ou algo mais que deixasse vestígios. desespero que nascia do medo de eu não ser o único naquele quarto – vozes apareciam ao cair da noite, obrigando-me a ficar ali, quieto e em vigília – para que assim pudesse extirpar, no nascedouro, meus sonhos.
diferente de ti, eu não condenava. porque ainda criança sabia: em minhas mãos padeceriam única e exclusivamente em nome do desespero escrito em letras mortas, enterradas em meus ossos, que era pra não quebrar nem aparecer nem ter cheiro ou cor ou algo mais que deixasse vestígios. desespero que nascia do medo de eu não ser o único naquele quarto – vozes apareciam ao cair da noite, obrigando-me a ficar ali, quieto e em vigília – para que assim pudesse extirpar, no nascedouro, meus sonhos.
4 comentários:
bom pra caramba.
que os próximos degraus do rubens te inspirem a mais.
Obrigado Douglas
fico muito contente quando meus gritos despertam os teus, e a gente sai gritando internet à fora :)
a arte gera arte, isso é uma prova profunda e bela.
e eu feliz que tenho a sorte de pertencer ao grupo a internet. :)
Sempre a tua veia poetica me surpreende, meu amigo.
Abraço
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