meus mortos
eu não os entendo...
por que ficam
naquilo que sonho
quando sequer suas vozes
ou um débil traço de memória
acalenta-me sempre que deles
sinto o pesar?
meus mortos
eu não os tenho...
porque ficam
entremeados a quem serei
quando percorrem meus caminhos
revisitando meu destino
entregando-me ao ocaso
eu não os entendo...
por que ficam
naquilo que sonho
quando sequer suas vozes
ou um débil traço de memória
acalenta-me sempre que deles
sinto o pesar?
meus mortos
eu não os tenho...
porque ficam
entremeados a quem serei
quando percorrem meus caminhos
revisitando meu destino
entregando-me ao ocaso
e à míngua do luar
6 comentários:
Que os mortos permaneçam serenos em suas fontes de luz e escuridão. Não precisamos entendê-los, ou tê-los, só sabê-los.
Abraço, poeta.
os meus mortos continuam me habitando, insistem em voar dentro de mim, mas não me dizem sobre os dias que um dia foram meus. denso.
meu abraço, Douglas.
Os mortos? Contenho todos em mim, a dizerem sempre: E tu, quando?
Abraço!
como entender os mortos se nem os vivos entendemos? nem ao menos podemos tocá-los mesmo os tendo sempre 'presentes'... nós os aprisionamos na alma e não lhes damos paz...
carinhos Douglas, que tua dor de lembrar se aquiete e alegre com boas lembranças.
muito bom, muito bom!
ah, por hoje, deixe-me silenciar meus mortos.
gostei do espaço, com as mortes e as palavras-imagens.
obrigada pela visita.
Mortos brincam com o direito adquirido dos que, tendo deixado de existir, cobram caro por terem se mantido presas da memória. Com a certeza de que o silêncio lhes dá impunidade.
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