sexta-feira, julho 24, 2009


sem dizer
a quem tocaria
deixou-nos infortúnio
e luto
.

pois destino é esmo
rumor eviscerado
feito os amanhãs que de ti
desconhecerei
.

embora saiba
sermos do ventre o avesso
porque arremedo de homens
.
[parimo-nos]
.

cala-te então
carne da minha carne...
o tempo do medo
findará
.

e girassóis hão de tingir
de azul a última noite
levando esses demônios
.

[embora daqui]
.

2 comentários:

Katherine disse...

O destino desnudando o ventre, dilacerando a carne até florescer girassóis. O tecer constante do amanhã desconhecido e de toque violento. Me instinga as futuras reações. Me instiga... Muito. A chegada das cores.
A gente suspeita, mas eles sempre cobrem a oferta.

Também gostei
(muito)
daqui.

ítalo puccini disse...

muito muito bom!

parabéns.

belíssimo está o blog.