Lamparina sobre a mesa
uma das crianças está calada
observando
os movimentos
e o silêncio
uma das crianças está calada
observando
os movimentos
e o silêncio
que fica pra trás
quando a noite avança
na ânsia de mais uma aurora
por chegar.
No fundo das gavetas
na tessitura do quarto
as noites antigas
quando a noite avança
na ânsia de mais uma aurora
por chegar.
No fundo das gavetas
na tessitura do quarto
as noites antigas
ainda dançam
sobrevivem aos tique-taques
e às penosas mudanças
que chegam com as estações
sobrevivem aos tique-taques
e às penosas mudanças
que chegam com as estações
o frio
a secura
o calor
a umidade
a secura
o calor
a umidade
a permanecer ali
enquanto a lamparina
sustenta promessas
e preces
diante da criança
calada
e triste
com um resto de horizonte
enquanto a lamparina
sustenta promessas
e preces
diante da criança
calada
e triste
com um resto de horizonte
nas mãos.
8 comentários:
Oi Douglas!
Belo poema.
...lamparina que substitui a luz do sol quando anoitece! E a criança desperta...
Fica um beijo
Com um resto de horizonte na mão... fecho muito bem descrito para esperanças que teimam em cair na escuridão.
hábraços
claudio
'...com um resto de horizonte na mão...'
Q SERIAM DE NÓS SE NÃO EXISTISSE A ESPERANÇA.
primeira vez aki, gostei !
lamparina
me lembra o tempo que nao existia internet e acampava despreocupado às margens de um rio, aguardando ansiosamente o nascer do sol
abraço
[jb]
saudade daqui... essa luz escura.
e bela..
um beijo
Há tempos não vinha. Li tudo num fôlego só. Bom demais.
Lia - lamparina e horizonte - de forma menina, contempla.
Abraços, poeta.
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