segunda-feira, novembro 21, 2005


PEQUENA CANÇÃO PRA TI - é tempo de mergulhar nas paixões sem ligar pro que virá – sentir um frio na barriga e o coração sem freios. é tempo de beijos e arrepios e silêncio [aquele silêncio que os olhares só nos sabem falar quando assim, terrivelmente apaixonados] é tempo de sonhos com gosto de sonho azul do azul leve como nuvens de algodão-doce – você lembra desse azul, não lembra? é tempo de estrela-cadente e fada-madrinha, de carinhar de mãe e cantiga- de- ninar cantada suave, bem suave, feito adormecer de criança no berço – toques assim, pequeninos e que desejamos eternos; toques de fazer a gente ser gente, de fazer de novo acreditar [nada pode ser maior que um toque, whitman] sim, é tempo de nós dois e de mais ninguém, porque ninguém mais sabe disso tudo que nos rouba o ar quando não estamos juntos, que nos estrangula as horas quando não estamos perto, que nos tranca por dentro quando não estamos conosco – sim, da nossa paixão sabemos nós e que se dane o resto! então bóra, vem comigo trazendo apenas o sangue dum tango antigo e as risadas invertebradas dum delírio artaud-bretoniano. pega teus sapatos e passeia teus passos nos meus mundos, que eu caminharei os sapatos meus nos passos dos mundos teus [aos novos mundos que serão só nossos, os nossos pés descalços de água da chuva, os nossos pés calçados de noite cadente, os nossos pés pintados com as cores do outono] vamos então! mergulha comigo, sonha comigo, acredita comigo e nada, nada mais importará; nada, nada mais tropeçará nossos anjos cambaleantes ou nossos deuses bailarinos – nem mesmo o tempo que diz estarmos longe demais do nunca, ou o entardecer que diz estarmos cedo demais do pra sempre – menina dos olhos castanhos que me fazem quem sou, amanhece comigo os teus girassóis.

6 comentários:

Anônimo disse...

é bom quando sabemos... não podemos deixar de ESCOLHER saber... beijo

Cláudio B. Carlos disse...

E daí Douglas!

Abraços do CC.

Claudio Eugenio Luz disse...

Como dizem, os olhos estão infinitamente mais ocupados que os ouvidos. As cores proclamam o seu extremo contra um mundo em preto&branco.

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hábraços

Anônimo disse...

O amor e os girassóis...

Os dois rondam minha vida... e eu agradeço...

Bjos

Anônimo disse...

"Nosotros sostenemos
que el poeta no es un alquimista.
El poeta es un hombre como todos
un albañil que construye su muro:
un constructor de puertas y ventanas."

Anônimo disse...

Olá, Douglas!

Aí está você, de novo, escrevendo por mim!

secretamirada
29/11/05
15:11´