domingo, setembro 04, 2005


O tempo ficou preso na foto. Já não há mais por onde circular. É-me impossível tocá-lo, sabê-lo, trazê-lo junto à chuva que escreveu poesia na grama, nos coretos, nos pássaros, na minha alma que nem havia nascido. Os sorrisos, as brincadeiras, as roupas dos passeios dominicais pela praça, as bonecas que ganhavam centelhas nas mãos daquelas meninas – pequenas irmãs que no olhar trouxeram sementes de sonhos [os girassóis que verdejariam meus dias, minha vida parida em azul – minhas letras desafogando o horizonte]

4 comentários:

Anônimo disse...

É sempre bom lê-lo!
Beijos do CC.

Fernando Palma disse...

Belas metáforas. Você nos faz sentir um pouco dessa sua saudade que carrega consigo. Abraço!

Anônimo disse...

"as bonecas que ganhavam centelhas nas mãos" - o que gostamos um ao outro é recíproco.

Anônimo disse...

A cada qual a vida encarcera a seu modo, e de todos as asas, em um dado momento, quedam presas.

Saudações do Cárcere