O tempo ficou preso na foto. Já não há mais por onde circular. É-me impossível tocá-lo, sabê-lo, trazê-lo junto à chuva que escreveu poesia na grama, nos coretos, nos pássaros, na minha alma que nem havia nascido. Os sorrisos, as brincadeiras, as roupas dos passeios dominicais pela praça, as bonecas que ganhavam centelhas nas mãos daquelas meninas – pequenas irmãs que no olhar trouxeram sementes de sonhos [os girassóis que verdejariam meus dias, minha vida parida em azul – minhas letras desafogando o horizonte]
domingo, setembro 04, 2005
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4 comentários:
É sempre bom lê-lo!
Beijos do CC.
Belas metáforas. Você nos faz sentir um pouco dessa sua saudade que carrega consigo. Abraço!
"as bonecas que ganhavam centelhas nas mãos" - o que gostamos um ao outro é recíproco.
A cada qual a vida encarcera a seu modo, e de todos as asas, em um dado momento, quedam presas.
Saudações do Cárcere
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