terça-feira, março 29, 2005

Percorri a distância entre o quarto e a sala um sem número de vezes, de forma tal que, o tempo entre uma sístole e outra me pareceu diminuir a cada passo – se antes conseguia detalhar cada lembrança aprisionada nas mobílias, agora, encontro-me perdido diante do medo de não diferir aquilo que é vulto do que apenas se sustenta vivo, indócil maltrapilho. Do amor que subsiste em meus nervos, pinço a suavidade das palavras que sabem o segredo das alvoradas bretonianas – o sol rouba seu calor do peito de cada criança que amanhece. Sinto a sanidade inflada nas minhas artérias, achatando o limite da minha insensatez – não escapo à tirania do fracasso [saberei do amargo peso dos sonhos que partem, feito anjos covardes que respiram a candura da noite, mas se retiram antes que tudo possa chegar ao fim]

2 comentários:

Anônimo disse...

Alguém poderia mensurar o tênue limite entre a sanidade e a insanidade? Em determinado momento nos perdemos em lembranças que nos atormentam a alma. Parabéns, gosto da maneira como coloca os sentimentos.
Lis

Anônimo disse...

Alguém poderia mensurar o tênue limite entre a sanidade e a insanidade? Em determinado momento nos perdemos em lembranças que nos atormentam a alma. Parabéns, gosto da maneira como coloca os sentimentos.
Lis