sábado, dezembro 25, 2004

Percorro o medo e a esperança.
[ Na ponta dos dedos, o frio daquilo que abandonei.]
Minhas certezas estão sobre a mesa, embrulhadas em papel crepom. Há formigas carregando o silêncio – a precisão de cada passo rumo a lugar nenhum.
As roupas, alinhadas, ainda esperam por ti – não sabem da tua perda – incrédulas, estão postas pra me assombrar.
Longe, cruza o céu um ponto infinito. As estrelas cadentes trazem promessas que o desalento logo devora. É a solidão cobrando seu preço.

Nenhum comentário: