O corpo dói. Revirou as prateleiras procurando por um estímulo qualquer. Inquietou-se. Percebeu que estava sozinho. Fazia calor. Belém é assim, mesmo de madrugada. Calor! Inventou sons, na tentativa de liberta-los da memória. O som da chuva nas tardes poentes. Das cigarras. Do mato crescendo no jardim. Do calor materno. O som da saudade. A saudade ardendo no peito. A saudade arranhando a alma. A saudade feita de sons que não partem jamais.
terça-feira, outubro 12, 2004
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