há versos meus entranhados nessa cidade
mas eu não os tenho
devorado que sou pela métrica dos arranha-céus daqui
.
onde meus ossos viram esquinas
minha pele, asfalto ao meio-dia
e dos meus olhos resta o abrir e fechar automático das portas dos trens do metrô
.
mas é só mais um dia seguido de outro dia,
atravessando-nos indistintamente
nós, iguais uns aos outros
de tão burocráticos
indiferentes
e civilizados que somos
[eis nossa beleza]
.
venham...
sirvam-se de mim
restituindo-me o homem
outrora sonhos, mata, febre e nanquins.
.
quarta-feira, setembro 08, 2010
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2 comentários:
nossa passagem distante,
selvagem e fria
tomando espaços
mas é só um dia
seguido de outro dia...
suas poesias elevam minha alma.
santa e amada poesia.
Abraços
Maeles
seus versos batem fundo, são gritos lanscinantes. muito bons.
abraço.
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