o sol nascente trazia cores dentro de caixas de papelão
e ninguém te escutava;
sobre as páginas em branco eram sonhados lugares que as mãos
e ninguém te escutava;
sobre as páginas em branco eram sonhados lugares que as mãos
esqueceram antes de ti;
foi preciso destrancar a porta e trazer todos de volta às paredes deste
foi preciso destrancar a porta e trazer todos de volta às paredes deste
quarto limpo demais;
TODOS
(os teus bichos feitos de sombras
as tuas brincadeiras de menino
a chuva
& os girassóis
tudo esmiuçado
estudado
analisado
explicado
rotulado
olhado por dentro
TODOS
(os teus bichos feitos de sombras
as tuas brincadeiras de menino
a chuva
& os girassóis
tudo esmiuçado
estudado
analisado
explicado
rotulado
olhado por dentro
– mas eles não saberão
que o lado mais esquisito
é o lado de lá
onde a dor
não te alcança
e as madrugadas são
pirilampos
com asas relampejadas)
que o lado mais esquisito
é o lado de lá
onde a dor
não te alcança
e as madrugadas são
pirilampos
com asas relampejadas)
6 comentários:
Grita o não-parto, a dor do ser e os sentires plenos.
A-con-te-ce, meu caro
que o lado de lá
não merece
pirilampos
assombros
girassóis.
Menino de dentro
da caixa
teus sóis
de papelão
teus ais.
Ah,...
Abraços, poeta
Retornei de uma pequena viagem e como num grito tu agita essa pobre alma.
hábraços,poeta
Como sempre, Douglas, tua intensidade é envolvente. Impossível não ficar impassível dentro da tua escrita. Sentia falta de estar aqui. Meu abraço fraterno.
já li e reli. fico muda de tanto sentir...
memórias como a um "Poema Sujo" como o de Gullar... não é?
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