sexta-feira, outubro 07, 2005


Um quarto no fim do corredor,
uma réstia de saudade no corpo da memória

Minha mãe e um sonho
Minha mãe e a dor
Minha mãe e a perda
Minha mãe, morta.

Um quarto no fim do corredor,
uma única chance que não houve

Minha mãe em algum dia
Minha mãe em algum instante
Minha mãe em algum lugar
Minha mãe, viva

Um quarto no fim do corredor
Um quarto com cheiro de eterno
Um quarto guardando imagens
Um quarto sobrevivendo intocado
Um quarto apartado do medo
E acolhido ternamente
Pelos girassóis
Que me renascem na alma

6 comentários:

isa xana disse...

gostei especialmente dos tres ultimos versos :)

beijo

Anônimo disse...

Eu encheria o quarto com os girassóis..
Bjo!

Anônimo disse...

um retrato de saudade picotada, Douglas. Belo e triste.

Saudações do Cárcere

Cláudio B. Carlos disse...

Quase todos nós temos um quarto no fim de um corredor qualquer. Quase sempre trancado.



Belo!


CC.

Anônimo disse...

Abre a porta deste quarto, tua mãe é um sol, tu és o girassol que gira em sua direção. Ela brilha, sorri!
Carinhos

Anônimo disse...

um quarto acolhido pelos girassóis, quem não o tem?