segunda-feira, outubro 10, 2005


Um nódulo de angústia pontuado pelo tic-tac dum relógio que não conseguimos ver – amor e restos humanos [somos patéticos ao procurarmos por um alguém que nos preencha o vazio] Lúcidos ou não, seguir vivos nos importa, e a simples visão do fracasso nos entope de preces – o fervor dos que rastejam de pé [somos insetos aprisionados em volta de deus] A dor incontida escarra esperança nas calçadas abarrotadas de gente apressada – a redenção asquerosa dos que acreditam até o fim [a carne rasgada cicatriza só para ser eviscerada mais adiante]

9 comentários:

Anônimo disse...

Ui! que forte! lê-lo um hora dessa da manhã me deu até forças - pela parte da manhã ainda me sinto meio fragilizada.
Gostei do seu blog...de suas palavras e pela realidade e até uma certa segurança que elas me passaram.
Obrigada pela visita.
beijos ensolarados.

isa xana disse...

bem forte!!! gostei

*

Ana disse...

"Somos patéticos ao procurarmos alguém que nos preencha o vazio".

Verdade dura que é bom não esconder!
Gostei de te ler.

Anônimo disse...

E continuamos fugindo...
(eu entao..nem te conto).
Apareça, por lá... eu sobrevivi...rs
Bjos

Anônimo disse...

Olá, Douglas! Ahhh, você tem o dom de dilacerar... Onde anda essa alma encantada em Belém do Pará?
Bjs

Anônimo disse...

muito bom, Douglas. Voamos a esmo à procura da luz, sem perspectiva de céu...

Saudações do Cárcere

Fernando Palma disse...

Muito forte , como sempre.
Se não hovessem feridas não existiria a busca por cicatrizações. A vida é uma compensação!
Abraço.
Fernando.

Anônimo disse...

Intenso este seu texto, do qual retirei este fragmento "...A dor incontida escarra esperança nas calçadas abarrotadas de gente apressada..."

Cláudio B. Carlos disse...

Salve!



Abraços do CC.