quinta-feira, outubro 27, 2005


Nesse relógio que marca sempre a mesma hora, nesse álbum que abre sempre na mesma imagem, nesse quarto que murmura sempre o mesmo segredo, nessa dor que incomoda sempre no mesmo lugar, nesse pedaço de medo que assombra sempre o mesmo sonho, eu insisto - você ainda está aqui, você ainda importa, você ainda acende a luz do meu amanhecer feito de silêncio. És a perda e o vazio que me ocupa, a fronteira que me falta e a promessa que não fiz, o meu último instante de humildade e a minha queda acometida de deus [a demência, a demência tomou posse de mim]

4 comentários:

Anônimo disse...

Uma saudade, um desejo exacerbado, uma paixão hiperbólica, em um texto de ura poesia horizontal. Dos mais belos que eu li teus, Douglas. E a demência invade todos nós.

Saudações do Cárcere

Anônimo disse...

Eu quero estar lúcida...mas sei q não é possível...
Bjo, moço...

Anônimo disse...

minha nossa! isso somos nós enquanto não somos...um beijo

Claudio Eugenio Luz disse...

Ainda somos importante para alguém, mesmo que essa pessoa não saiba da nossa existência.

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hábraços