domingo, outubro 23, 2005


E se aquilo que procuro não existir? [lapso de memória, vazio e fim] E se existir, mas me fugir antes d’eu poder descobrir? [uma imagem molhada de chuva] E se meus olhos estiverem sós, por onde estarão os teus quando nossos sonhos acordarem? [caixinha de música trancada no quarto] E se amanhã tudo estiver partido, nossos sóis e nossas preces, você ainda saberá de mim, menina que desenha cores no lado de dentro da escuridão?

7 comentários:

Anônimo disse...

Não há nada que esteja além do lugar que deveria, mesmo que não tenhamos olhos de ver. Sombrios são tantos os caminhos, mas sempre existe um outro lado...
Uma semana clara. Meu beijo.

Anônimo disse...

muito bom, douglas..
beijo

Ana disse...

Dúvidas!
E se...
Gostei, Douglas!

Anônimo disse...

Eu leio e fico assim, com um ar de não sei o q...

Anônimo disse...

Sempre terás esta incógnita. Nossas certezas são fugazes.
Um abraço

Anônimo disse...

Sempre saberão de nós, ainda que em uma prece ou em algum risco no meio do caminhos dos sonhos.

Claudio Eugenio Luz disse...

Belissimo! Pura poesia. Dificilmente nossa convicção irá subjulgar outros do mesmo modo como àquele que testemunhou como ela se formou em nós.

..
excelente narrativa